TAIZÉ: LUGAR SIMPLES
Taizé um lugar simples, mas para quem o experimenta, torna-se algo complexo. Antes de ir, tentei não criar expectativas, com medo de me desiludir, mas na verdade foi totalmente o oposto.
No primeiro dia, a adaptação foi um pequeno desafio: novas rotinas, novas pessoas, novos sabores. No entanto, encarei essa oportunidade e saí da minha zona de conforto. Falei com pessoas novas, provei comidas diferentes e vivi a experiência de Taizé ao máximo. Hoje, posso dizer com certeza que não me arrependo de nada.
Silêncio era uma coisa a que não estava habituada nas primeiras orações, aqueles minutos pareciam uma eternidade; eu não sabia o que fazer, ficava simplesmente a olhar. Com o tempo, comecei a sentir-me confortável, não só com o silêncio, mas também com as músicas em diferentes idiomas. No início, nem sempre entendia o que estava a cantar, mas ainda assim cantava. E, com o tempo, aquelas músicas tornaram-se viciantes.
Atividades como lavar a loiça, que em casa pareciam uma tarefa aborrecida, ali tornavam-se momentos especiais. Cinco mil colheres, cinco mil taças, cinco mil pratos... nada disso importava, pois a companhia dos alunos do Sátão tornava tudo simplesmente incrível.
Taizé tem algo de mágico. Foi onde reencontrei velhos amigos, conheci novas pessoas, conheci melhor pessoas que pensava já conhecer e aproximei-me de uma pessoa que tem um lugar especial no meu coração.
O meu grupo de reflexão foi muito mais do que apenas um grupo. Nele, ri, chorei, aprendi, ensinei e brinquei. Eles foram simplesmente incríveis, com eles podia ser eu mesma e ficaram no meu coração cada elemento, sem exceção, do grupo 6.
Por isso, se tiverem a oportunidade, vão a Taizé. Prometo que não se vão arrepender. Na viagem de regresso, já estarão a perguntar ao professor Carlos qual será a próxima data para poderem lá voltar, porque...TAIZÉ NÃO SE EXPLICA, SENTE-SE.
Maria Inês Lopes, 11°D