25 de abril/ A Revolução dos Cravos

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25 de abril/ A Revolução dos Cravos

Dos feriados históricos, o dia 25 de abril é o mais festejado pelas docentes do grupo de História e Geografia de Portugal do nosso agrupamento. Porquê? Porque valorizamos muito a liberdade e todas as conquistas democráticas dos militares que, no dia 25 de abril de 1974, saíram à rua e lutaram por todos nós.

São estes valores democráticos que procuramos transmitir aos nossos alunos, o que fica bem patente nos trabalhos que eles tão empenhada e entusiasticamente realizam sobre o tema do 25 de abril e que nestas fotografias podemos comprovar.

Os trabalhos foram expostos nas Escolas Básica Ferreira Lapa e Básica Integrada de Ferreira de Aves, que também se encheram de cravos vermelhos, cartazes e outros trabalhos alusivos ao tema. A Liberdade passou por aqui e aqui queremos que continue!

Sabias que antes do 25 de abril:

- Em Portugal a escola só era obrigatória até à 4ª classe e os professores podiam dar castigos severos aos seus alunos? 

- Todos os homens eram obrigados a ir à tropa (na altura estava a acontecer a Guerra Colonial)?

-   A censura, conhecida como "lápis azul", é que escolhia o que as pessoas liam, viam e ouviam nos jornais, na rádio e na televisão?

- Era proibido beber coca cola?

- Só podiam votar os homens, chefes de família e que soubessem ler e escrever?

- As professoras só podiam casar com autorização do Ministério da Educação?

- Não havia igualdade entre homens e mulheres?

- Em casa quem mandava era o homem?

 

Temos todos a mesma opinião sobre o 25 de abril?

A Matilde e a Francisca, alunas do 6ºD,  foram investigar e aqui têm algumas das respostas de diferentes pessoas com idades diversificadas:

 

44 anos depois...o que foi o 25 de abril?

 

“(...) Para mim, penso não ter sido bom pois, com a liberdade veio a falta de respeito entre as pessoas(...) Havia mais respeito... agora já não vai melhorar(...) Havia mais miséria mas eramos mais amigos(...)”

Delfina, 79 anos

 

“(...) Para mim, o 25 de abril obrigou-me a vir de Moçambique onde vivia com a minha família e a deixar lá tudo quanto tinha. A liberdade é muito importante mas não acautelaram os interesses dos retornados quando fizeram a descolonização. (...)”

Xico, 74 anos

“(...) O 25 de abril permitiu que eu regressasse a Portugal com o resto das tropas. Era militar e estive mais de 3 anos na Guiné-Bissau(...)”

Augusto, 68 anos

“(...) Nessa altura tinha 14 anos. A Liberdade que o 25 de abril me trouxe é o melhor desse dia. Em minha casa nunca se podia abrir a boca” para falar de política nem para dar qualquer opinião acerca dum assunto que hoje em dia consideramos banal(...)”

O medo da PIDE era enorme.”

Lusita, 58 anos

“(...)Sou um filho da Liberdade e a mim, Abril trouxe-me a liberdade de opinar, o direito de discordar, o direito de votar...o prazer de crescer numa democracia(...) A liberdade de ver e conhecer o mundo, o direito de opção(...) Viva Abril! Viva a Liberdade (...).”

Tiago, 34 anos

 

“(...) Para mim, o 25 de abril foi o passar de um mundo “triste e cinzento” para um mundo com mais cor. Passámos a ter liberdade de expressão e isso foi o mais importante, pois o direito de dizer o que penso é fundamental para viver em democracia!(...)”

Matilde, 12 anos

“(...) Na minha família há a história verídica da tia do meu avô que era diretora de uma residência de meninos que foi procurada e interrogada pela PIDE porque, uma das alunas, era filha de um apoiante comunista (...) Hoje a liberdade de expressão  e política foi uma das conquistas do 25 de abril. (...)”

Francisca, 11 anos